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Moda como expressão do indivíduo

  • Foto do escritor: Luana Pereira
    Luana Pereira
  • 20 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

O desafio de ser diferente dentro do mundo da moda é um desafio comum no mundo globalizado. Com a comunicação instantânea e conexão full time na internet, através de smartphones e computadores pessoais, conseguimos saber o que é moda em todos os cantos do mundo. No mundo globalizado a palavra de ordem é velocidade e a internet nos aproxima de qualquer informação, e na moda, isso não é diferente.

O sentimento de pertencer ou estar numa sociedade de consumo implica no uso de símbolos e sinais de aparência. A maneira de "se vestir" é importante para a identidade, não só na era pós-moderna, como em todo decorrer da história da humanidade. Para Simmel, somente com a modernidade que realmente pode-se falar de individualismo ou individualização. As pessoas já podiam ser consideradas indivíduos antes, mas a modernidade fez que com que pudessem entender-se como tal e começarem a se diferenciar.

A forma de vestir é manifestação particular e identifica uma pessoa como integrante de certa época, de um grupo social ou profissão. O vestuário compõe, juntamente com outros atributos pessoais, o perfil das pessoas, inclusive refletindo o estado de espírito que elas estão vivenciando.

Desde cedo começamos a desenvolver nossos próprios desejos e são eles que formatam nossa personalidade. Vestimos aquilo que se identifica com o nosso modo de ser e agir. Aquilo que nos deixa confortável e nos destaca ou iguala àqueles que admiramos. A moda é uma forma de expressão, ela estabelece a identidade social do indivíduo para si e para os outros.

A moda participa da vida de cada um. Símbolo de expressão social e cultural, a moda assume seu papel na sociedade contemporânea como forma de igualar ou diferenciar, individualizar ou agregar, unindo e formando grupos. De acordo com Simmel, a moda desempenha uma dupla função: identificação coletiva e distinção pessoal.

Existem indivíduos que ousam ser eles mesmos indo de encontro às regras e padrões estabelecidos. Rompem preconceitos e usam aquilo que lhes convém, quebrando padrões, estabelecendo novos paradigmas.

A roupa reflete para o outro o jeito de ser, sentir e pensar dos indivíduos e dos grupos sociais. O conflito entre o eu individual e o eu social busca o equilíbrio através desta forma do vestuário. Dessa forma, a roupa, de acordo com Hélène Cixous, é extensão do corpo e transmite informações a respeito das pessoas. Entretanto, diferentemente de gestos e expressões, geralmente naturais, a moda ajuda o indivíduo a se expressar verdadeiramente ou a demonstrar algo que não é.

Quando se utiliza da individualidade de quem a veste, ao mesmo tempo em que proporciona o destaque do indivíduo em relação aos grupos aos quais não pertence, o aproxima de outros que, assim como ele, estão pensando e agindo dentro da mesma forma. É possível usar roupas que causem estranhamento à sua família e as mesmas gerarem identificação com algum grupo.

Contudo, assim como a moda, tendências exemplificam bem este modo de pensar, à medida que pode ser entendida como pontos focais do desejo, por meio dos quais indivíduos muito diferentes uns dos outros e sem nenhum acordo se descobrem nas mesmas vontades. É a moda conduzindo e revelando o pensamento da massa, podemos até negar, entretanto, mesmo com nossa luta insistente pela forma única de expressão e individualidade ao extremo, sempre encontraremos um grupo social que siga os mesmos pensamentos, tenham as mesmas características e se expressam da mesma forma que nós.


 
 
 

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